segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Deus...

Vou passar por uma cirurgia em breve.
Por sinal, bem dolorosa.
Peço encarecidamente que olhe por mim e me preserve.

Na verdade não estou com medo.
É algo que já tinham diagnosticado como tumor maligno.
Mas eu insistia em deixar ali, fingir que não existia.

Hoje a dor apertou de verdade
E eu tive que ir pro hospital
Lá disgnosticaram: É AGORA OU NUNCA MAIS

Deus
Vou cortar um pedaço do meu coração
E vou jogar fora
Peço que me ajude para que não doa

Promete que já já sara e eu rirei muito da situação daqui um tempo?
Me guarde e me guie, e se eu sentir vontade de chorar
Peça para que um amigo bem bacana solte uma piada só para eu rir
Obrigada, amém

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Devaneio Diferente

http://www.youtube.com/watch?v=DBLGIyr6TW0

BY WELLINGTON BARRETO

------------------------------

E agora toda segunda abrirei este "espaço" para outros seres pensantes.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um desconhecido no carro

Parece que já o tinha visto em algum lugar, mas era difícil me recordar com o sono que estava sentindo.
Mesmo com sono e cansada, para não ser mal educada, quis me manter acordada, interagindo com as outras pessoas.
As conversas eram de cunho engraçado, mas de vez em quando eram interrompidas pelo homem misterioso.
Ele requeria muita atenção.
Ás vezes tornava-se monólogos.
Só ele queria falar, só ele queria atenção.

Falava de tudo: Estradas, carros, caminhos por onde já tinha ido, restaurantes que já tinha freqüentado, dos amigos que fez e da foto que tirou.
Suas conversas não eram de cunho interessante.
Queríamos desviar o assunto, mas era difícil.
Ele era insistente. E não interagia. Só queria falar.
Me parecia um homem carente de ser ouvido.
Com o tempo, as conversas foram se acabando.
O caminho era longo e não sabíamos quando chegaríamos ao destino.

Adormeci e acordei diversas vezes durante o trajeto.
Geralmente acordava com a voz de um co-piloto alertando sobre caminhos, buracos e pedágios.
Em uma das paradas para abastecer, num posto qualquer de estrada, o tal desconhecido se fez imperar na vontade de todos. A voz autoritária desconcertou as pessoas à volta e, calados, obedecemos.
Olhos envergonhados de “deixa ele, é assim mesmo” ou de “o que está acontecendo” imperaram no ar.
Uma parte do caminho permaneceu silenciosa.
Algumas pessoas dormiram, outras brincaram de cochichos ao pé do ouvido.
Nada que tirasse a atenção do tal homem.

Dirigiu por horas, visivelmente cansado.
Já de noite, todos dormindo, resolvi puxar papo com aquele homem de rosto franzido, cabelo grisalho e olhos claros e distantes.
Falamos principalmente sobre o tempo e de como ele passa rápido.
Crianças se tornam adultos num piscar de olhos.
No meio da conversa, uma pausa.
Depois se pergunta como não viu o tempo passar.
Compara a viagem de carro com a vida.
As paradas, quem desce e quem sobe, as viagens e as horas passadas.
Me veio lembranças de uma infância, longas viagens dentro de um carro, cantando músicas sertanejas, acenando para caminhoneiros e mexendo em seus cabelos.

Foi então que eu descobri de onde o conhecia.
O desconhecido? Meu pai...
Aquele homem que eu convivi quando criança retornou do passado em uma simples conversa dentro de um carro.
Por alguns longos momentos, que me deram saudade de muita coisa...
Eu o ganhei como no dia em que o ensinei como preparar minha mamadeira.

As pessoas foram acordando e os assuntos sobre as suas opiniões voltaram.
Eu o perdi de novo na última parada para abastecer.

[Ouvindo: Beatles – Lucy in the Sky with diamonds]
“A girl with kaleidoscope eyes, cellophane flowers of yellow and green, towering over your head. Look for the girl with the sun in her eyes and she´s gone. Lucy in the sky with diamonds”

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Give up and moving on time

Chegou a hora.
Jogo a toalha.
Desisto.
Vou em frente.

Nunca minha razão e a emoção andaram tão juntas e me disseram a mesma coisa:
"É isso. Não chora. Vai em frente. Já caiu tantas vezes. Se mantenha em pé".
Paro por aqui antes de perder qualquer respeito.
Respeito por mim mesmo. Respeito pelos meus sentimentos.

Prefiro dar as costas a algo que eu acredito e guardar o mínimo de lembranças boas,
Do que ver sentimentos sendo jogados no ralo como sujeira, que se limpa em um bom banho.
Frase piegas, porém verdadeira: longe dos olhos, longe do coração.
Paro por aqui, você irá demorar a saber de mim.

Eu irei julgar pelo que vejo.
Opinar pelo que acho.
Pensar pelo que sinto.
Caminhar em frente pelo que acredito.

Chegou a hora de desistir.
Abro mão de tudo aquilo que sonhei.
A velha frase e questionamento está respondido agora:
Não vale a pena.

[Ouvindo: Maroon 5 - Goodnight, goodnight
"I've lick my wounds but I can't ever see them getting better. Something's gotta change, things cannot stay the same"

Qual o sentido da musica para você?

Para mim, é a forma de expressar sentimentos ocultos de uma pessoa: protestos, desejos, sonhos...
A razão pela qual eu gosto tanto da música é porque a considero uma forma muito maravilhosa de comunicação.
Não apenas eu me comunico com outras pessoas através da música, mas também recebo idéias de outras pessoas – neste caso, dos compositores.
Quando leio uma partitura musical, sou como um médium. A mensagem do compositor é passada através de mim: através do meu mundo, através das minhas possibilidades, inclusive minhas limitações. Tento apanhar o que o compositor buscou expressar e passar isso para outros.
Posso não saber me expressar tão bem às coisas que desejo ou que sinto falando-as, mas através de uma melodia faço isso tão bem que posso deixar qualquer pessoa viajar no tempo, relembrar lembranças sentir-se único, ser a pessoa mais feliz naquele momento. A música é extremamente fascinante, especialmente uma vez que a música é um símbolo da vida.
Não é a parte mais interessante de nossas vidas podermos nos encontrar com outras pessoas, receber a influencia delas sobre nossas idéias e noção de vida e, talvez, dar-lhes algo em troca? A música é o meio perfeito de fazer isso.
Como ela cruza as fronteiras da linguagem e das diferentes culturas, a música é uma maneira ideal de comunicação. E aqui entramos no mundo real da música, com uma comunicação melhor do que por qualquer outra linguagem.
Isso faz da música um elemento central, não apenas para o músico profissional, mas também para qualquer pessoa que tenha um mínimo talento musical. Você não tem que ir à universidade e tirar um doutorado para desfrutar da música de Bach. Só tem que permitir a si mesmo algum tempo e despender algum esforço próprio, o esforço de sentar-se e ouvir, de abrir os seus ouvidos e refletir com tranqüilidade, sem ser pressionado por outras tarefas. A música de Bach tem uma mensagem que vai diretamente ao coração. É claro, Bach é apenas um exemplo como também temos Schubert, Beethoven, Chopin, Verdi e etc.
Também poderia ser uma música que é mil anos mais antiga, ou uma música que está sendo escrita hoje.
Portanto, a música é muito central, não apenas para o músico, mas para todos, passando os mais diferentes tipos de sentimento.

BY GABRIEL KROLL

------------------------------

E todo domingo abrirei este "espaço" para outros seres pensantes.